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Iveco, que tem planta em Sete Lagoas, é vendida para grupo indiano Tata Motors por US$ 4,39 bilhões

Iveco, que tem planta em Sete Lagoas, é vendida para grupo indiano Tata Motors por US$ 4,39 bilhões

A Tata Motors e o Grupo Iveco anunciaram uma negociação de 3,8 bilhões de euros, o equivalente a US$ 4,39 bilhões, em um acordo que confirma a aquisição por parte da multinacional indiana da fabricante italiana de caminhões. Com a fusão, o grupo resultante terá vendas anuais combinadas de aproximadamente 540 mil veículos e receita estimada em US$ 22 bilhões.

Já a distribuição geográfica será amplamente equilibrada, ficando 50% do negócio localizado na Europa, 35% na Índia e 15% nas Américas, além de atuação em mercados emergentes na Ásia e na África. Vale dizer que a Iveco possui planta em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais.

Conforme o comunicado emitido na última quarta-feira, 30 de julho, pelas companhias, o acordo prevê uma oferta pública voluntária, em dinheiro, para compra de todas as ações ordinárias da Iveco, excluindo sua divisão de defesa, que será separada até o fim de março de 2026. O valor da oferta é de 14,1 euros por ação, com os acionistas ainda recebendo um dividendo extraordinário estimado entre 5,5 euros e 6,0 euros por papel, oriundo da venda da unidade militar.

Ainda conforme o comunicado, o conselho de administração da Iveco recomendou por unanimidade a aceitação da proposta, avaliada como positiva para os interesses de longo prazo da companhia, de seus funcionários e acionistas. A Exor N.V., principal acionista da Iveco com 27,06% de participação e 43,11% dos direitos de voto, declarou apoio irrestrito à transação.

O negócio reforça o avanço da Tata Motors no mercado internacional e a tendência de consolidação no setor de transporte pesado, com foco crescente em tecnologia e sustentabilidade.

Segundo a multinacional indiana de automóveis, o objetivo da aquisição é acelerar a inovação em mobilidade sustentável, especialmente em veículos com emissão zero, aproveitando as sinergias industriais e tecnológicas das duas empresas. A sede da Iveco permanecerá em Turim, e não estão previstos fechamentos de fábricas nem cortes de pessoal por, no mínimo, dois anos após a conclusão do negócio.

“O acordo posiciona o grupo para competir em escala global, com dois mercados domésticos estratégicos: Índia e Europa”, declarou Natarajan Chandrasekaran, presidente da Tata Motors. Já Suzanne Heywood, presidente da Iveco, destacou a convergência de visões sobre mobilidade limpa e a segurança no emprego como ganhos da combinação.

A conclusão da compra está prevista para o segundo trimestre de 2026, após aprovação regulatória na Europa e outras jurisdições. Caso a venda da divisão de defesa não seja concluída até março, será feita uma cisão com listagem separada da nova empresa.

Desempenho
A Iveco, marca do Grupo Iveco, encerrou 2024 com alta de 7,7% nos emplacamentos de veículos a partir de 3,5 toneladas, quando comparado com 2023. Para seguir registrando resultados positivos, a montadora mantém investimentos constantes nos lançamentos, buscando atender à demanda do mercado. Além disso, está em andamento o projeto de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, com um aporte de R$ 510 milhões entre 2024 e 2028. Conforme publicado pelo Diário do Comércio, a alta registrada em 2024 teve como destaque a demanda vinda, principalmente, do agronegócio e do e-commerce e também ao diversificado portfólio, capaz de atender diversos segmentos.
 

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