FARRA NO GABINETE! Prefeito Douglas Melo aumenta a verba do próprio gabinete em mais de 700% em meio a caos administrativo
Prefeito Douglas Melo aumenta a verba do próprio gabinete em mais de 700% em meio a caos na gestão

Sete Lagoas vive dias difíceis e o bom senso parece ter passado longe do prefeito Douglas Melo. O chefe do Executivo municipal decidiu aumentar a verba de seu próprio gabinete de R$ 1,87 milhão em 2025 para absurdos R$ 13,1 milhões no orçamento para 2026. Não bastasse o inchaço da máquina pública, com mais de 57% da receita já comprometida com folha de pagamento, o aumento da verba do gabinete pessoal do prefeito representa um salto de mais de 700%, causando revolta e indignação na população.
Enquanto isso, a população enfrenta engarrafamentos diários, falta de profissionais de saúde, escassez de vagas em creches, buracos, mato alto e uma série de outros problemas que afetam diretamente a vida cotidiana da cidade. Diante desse cenário, o aumento milionário desperta a pergunta inevitável: o que há de tão especial no gabinete do prefeito que justifique tamanha elevação de gastos públicos?
A desproporção é gritante. Para efeito de comparação, a Secretaria Municipal da Mulher, responsável por políticas públicas essenciais de proteção e igualdade, dispõe de apenas R$ 1,4 milhão para todo o ano. Ou seja, o gabinete do prefeito poderá gastar em um único mês o que uma secretaria inteira utiliza o ano todo. A nova verba do gabinete é quase o dobro do orçamento da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (R$ 7,3 milhões) e duas vezes maior que a emenda parlamentar impositiva, no valor de R$ 6,1 milhões.
Sem explicações claras, o aumento soa como um desrespeito à população e uma afronta à responsabilidade fiscal. Em tempos de dificuldades e promessas não cumpridas, o gesto de inflar os próprios recursos administrativos reforça a percepção de distanciamento entre o poder público e a realidade das ruas.
Os sete-lagoanos merecem respostas e, mais que isso, merecem prioridade nos investimentos públicos. Enquanto faltar saúde, educação e mobilidade, nenhum centavo a mais deveria ser destinado ao conforto de gabinetes. "Nossa cidade, nossa gente, meu gabinete"...